Eu não gosto de crianças.
Todo mundo sabe disso.
Mas até dá peninha quando uma criança descobre que Papai Noel não existe.
Bixinha..
Algumas aceitam bem, outras lutam contra acreditar o máximo de tempo que puder, e outras se derramam em lágrimas.
Mas o engraçado é que depois de pouco tempo elas percebem que isso na real não importa. Elas vão continuar recebendo presentes. A admiração pelo Velhinho se tranfere para os pais. E a ceia de Natal ainda vai existir.
Acho que isso de que "existe uma criança dentro de todo nós" é muito real.
Ainda precisamos que omitam coisas de nós para não ficarmos assustados. Ainda temos medo do diferente. Do rompimento de idéias. Da mudança.
As crianças praticamente não têm vida própria né. Suas escolha são controladas e limitadas. E quando tentam pensar numa alternativa, ou entender algo imposto, recebe um "NÃO, e pronto". "Você pode escolher entre a blusa azul ou a amarela. Mas usar calça listrada com blusa xadrez não combina. E as pessoas vão falar de você".
A criança no fundo não sabe a importância da combinação. Nem da falta de importância das pessoas falarem dela. Mas como disseram pra ela que se ela usar aquelas roupas vão falar dela, provavelmente ela vai falar de quem usar.
Então ela não usa. E fala de quem usa.
Acho que isso de que "existe uma criança dentro de todo nós" é muito real mesmooooo!
Mas acho que a infância já passou. E a gente podia crescer.
A beleza da infância é a alegria, a inocência, o valorizar coisas simples. Mas beleza não é exclusivisade da infância.
Essa beleza é imortal. E o tempo passa, as fases passam, e tem gente que mantém a infantilidade, e ainda perdem a beleza.
Temos que nos mantes belos. E não crianças.
Parar de chorar porque Papai Noel não existe. Perder tempo com lágrimas ao invés de se divertir com o presente. E realizar de que o Natal ainda é Natal.
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Beijos e abraços pra todos
